quarta-feira, 11 de março de 2020

A Mulher Nas Agrárias


Nessa primeira postagem da nossa página pode até parecer clichê falar sobre a relevância da mulher no agronegócio, principalmente porque ao fazer uma breve pesquisa na internet encontramos várias matérias sobre esse assunto. No entanto me pareceu pertinente começar essa jornada de compartilhamento de conhecimentos e experiências com esse tema, uma vez que sou mulher e graduada em Zootecnia. 
A importância e o papel da mulher no agronegócio é algo indiscutível, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) a mulher tem participação decisiva na produção mundial de alimentos, na economia agrícola, na segurança alimentar e não apenas da família, mas das sociedades como um todo. Elas respondem por mais da metade dos alimentos que chegam às mesas em todo o mundo. 
É possível perceber a importância feminina no agronegócio ao observarmos o significativo número de mulheres que trabalham na lida diária nas lavouras, no campo, nos órgãos públicos e empresas voltadas ao agronegócio, nas salas de aula e nos laboratórios desenvolvendo pesquisas e novas tecnologias. É visivelmente crescendo o número de mulheres em cursos de graduação como Zootecnia, Agronomia, Veterinária e ciências agrárias de modo geral. 
Em estudo desenvolvido pela pesquisadora Andreia Barreto em 2014, as mulheres hoje são maioria nas universidades, porém esta é uma realidade recente, em 1956 elas representavam 26% do total de matriculas e, em 1971, não passavam de 40%. Este mesmo estudo mostra gráficos muito interessantes sobre os percentuais dos alunos em diversos cursos de graduação por gêneros (Figura 1), destacando a graduação em Zootecnia como um dos cursos mais paritários, apresentando variação inferior a 10 pontos percentuais.

Figura 1.

Dado que essas informações são de 2010, é possível que a diferença no percentual tenha aumentado.
Em contrapartida, o percentual de mulheres participando de grupos de pesquisa na Zootecnia era inferior ao de homens (35% elas e 65% eles). O percentual de mulheres liderando esses grupos de pesquisa segue o mesmo padrão, apenas 27% dos grupos são liderados por mulheres (Figura 2).

Figura 2.

Embora o agronegócio ainda seja um setor tradicionalmente masculino esse panorama vem mudando, a importância da mulher nesta área veem sendo reconhecida, e fica claro isso quando ela busca a qualificação almejando papel de liderança no setor. E as perspectivas são boas, pois o esforço, o conhecimento e a expertise da mulher a torna capaz de alcançar qualquer objetivo.



E você o que acha? Sua turma de faculdade tem ou teve muitas mulheres?... Responde nos comentários! 
Recomendo que leiam o trabalho citado pois ele traz informações muito relevantes sobre a distribuição dos gêneros nas diferentes áreas.